domingo, 9 de outubro de 2011

Entre escolhas e aprendizados

Consequência de uma pausa...
Hoje irei publicar mais uma redação minha, a pedido de uma amiga muito especial, não é Manu?! *-*
Um dia ainda irei reunir todas as minhas redações espalhadas por aí e começar a publicar por aqui, quem sabe ajude alguns estudantes país afora...agora já passei, não preciso me preocupar com concorrentes! hahaha

Tema: "Considerando o contexto social em que vivemos, é possível..." - - desculpa pessoal, mas o resto eu não anotei e não lembro agora...se alguém aí do cursinho ler e souber, deixa nos comentários por favor. Ah! É a proposta 02 do segundo semestre!

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Todos nós, algum dia, já passamos por momentos difíceis, de conflitos, dúvidas, cansaço e desejamos "jogar tudo pro ar". É inerente ao ser humano a ânsia pela liberdade, pelo livre arbítrio, portanto, cabe a cada um deixar-se agir pelas vontades da mente - ou dos impulsos - e arcar com as possíveis consequências. São Francisco de Assis, por exemplo, foi capaz de abandonar tudo o que tinha, inclusive o conforto de casa e o amor da família, para passar grande parte de sua vida vagando pelas cidades disseminando as palavras de Deus. Assim como São Francisco, diariamente temos o poder e a chance de escolhermos como queremos viver, seja pela vida inteira, seja para as próximas 24 horas. No entanto, devemos estar cientes de que o livre arbítrio serve tanto ao bem quanto ao mal, e basta fazermos uma única escolha errada para sofrermos pelo resto de nossas vidas; desse modo, nada mais saudável do que estar em equilíbrio física e psicologicamente.

Com o advento de novas tecnologias e da globalização o mundo nunca esteve tão conectado quanto nos dias atuais. Através da internet e das redes sociais é possível manter contato com pessoas de qualquer parte do globo, bem como compartilhar desde fatos cotidianos aos mais inesperados. Sendo assim, é cada vez mais difícil nos desligarmos desse meio de comunicação, até mesmo porque ele já está integrado ao nosso dia-a-dia e aos nossos afazeres. É possível, ainda, que o distanciamento dessas conexões comprometam não só o futuro do indivíduo como também de toda a sociedade, visto que há um enorme fluxo de informações e utilidades diretamente relacionadas a esse método de contato, tornando-nos completamente dependentes desses equipamentos, o que a terceira revolução industrial nos comprova.

Um dos principais conflitos da sociedade moderna é o tempo. Mesmo com todo o aparato tecnológico criado com o intuito de otimizar nosso tempo, tornando nossas vidas mais práticas, e os inúmeros livros de auto-ajuda, muitos reclamam da "falta de tempo", o que pode ser traduzido como um sinal de que a cada dia nos tornamos mais escravos de imposições - por parte de familiares, relacionamentos ou nós mesmos. O problema é que grande parte do que nos é imposto fere nosso princípio de livre escolha, causando prejuízos ao nosso bem estar e convivência em sociedade. O filme "Antes que termine o dia" nos ilustra as diferentes interações do homem com o tempo. O protagonista, Ian, abdica de sua vida pessoal para se dedicar ao trabalho, ao contrário de sua namorada, Samantha, que está voltada para as relações pessoais; diante de tal conflito, Ian tem a chance de voltar no tempo e fazer escolhas diferentes - sabendo que ao findar do dia irão se separar - quando decide se dedicar totalmente à felicidade da amada, e percebe que também foi um dos dias mais felizes da vida dele. Portanto, é perceptível que somos nós que construímos nossas vidas e trilhamos nossos caminhos, a cada escolha feita ou "sim" ou "não" respondidos, de forma que torna-se impossível a existência de receitas prontas para o alcance da felicidade e do equilíbrio. Devemos considerar que nossa relação com o tempo é imprescindível à nossa formação, então, é preciso aprender a lidar com ele, ousando, experimentando, sentindo, vivendo e, principalmente, de forma que não haja dúvidas ou arrependimentos, pois o hoje será o passado repleto de recordações de um amanhã misterioso.

O músico Gonzaguinha, em sua célebre música "O que é, o que é?" já nos dizia como é belo ser um eterno aprendiz, além de que "somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder, ou quiser". Dessa forma, a música ratifica e reitera nossa realidade, na qual somos a consequência das nossas escolhas. Se a vida não está de acordo com os planejamentos, porque tememos às mudanças? O fato é que com o passar do tempo ficamos acomodados e resignados. Então, até que ponto podemos abdicar dos nossos sonhos, ou melhor, será que podemos esquece-los? De qualquer forma, não existe jeito certo ou errado de viver, mas existe o jeito próprio, de cada pessoa enfrentar a realidade que a cerca. É necessário termos conhecimento de que um dos fatores mais importante é viver o essencial que nos faça felizes e o bastante que nos faça completos, desconsiderando esteriótipos e críticas, que sempre irão existir, independente da decisão tomada. É certo que a ideia de "carpe diem" é muito atrativa, no entanto em nosso contexto social torna-se praticamente uma utopia, visto que todos temos responsabilidades a serem cumpridas. Dessa maneira, é possível apreender que vivemos entre escolhas e aprendizados diários que levaremos sempre conosco, alimentando a necessidade de equilíbrio, para que as recordações sejam boas o bastante para serem rememoradas com satisfação e para que o balanço final da vida seja positivo; e o autoconhecimento é a chave para melhores escolhas.

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